Joana Carvalho vai dar festa pelo sétimo aniversário do Jojô Bistrô, no Horto, na próxima terça-feira (31/07): “Vou colher os louros do investimento astral e energético que coloquei no meu restaurante”, diz ela. Daquele pequeno imóvel de esquina (na Pacheco Leão), uma mínima cozinha, onde cabem apenas dois cozinheiros, saem os pratos que foram criados pela chef desde o primeiro dia, quando o vizinho e amigo Dado Villa-Lobos quase a obrigou a inaugurar a loja que estava recém-reformada e não abria nunca. Ele reservou uma mesa, e ela teve de ir pra cozinha; no cardápio, apenas o arroz thai de camarão, o arroz de pato oriental, arroz de bacalhau, algumas saladinhas e sanduíches.
Sete anos depois, o cardápio cresceu bastante, mas o negócio continua pequenininho – mesmo com tanto sucesso, Joana não quer aumentar seu tamanho. “O Jojô é o Jojô desse jeito; se crescer, vira outra coisa. Não quero sair daqui, não quero crescer”, diz ela. Não quer crescer ali, que fique claro, já que existe o “Jojo To Go” (sociedade com Morena Werneck, no Quartier Ipanema), há quatro anos, e, em 2019, vai abrir também em São Paulo (local indefinido), em Tampa, na Flórida e no Brooklin, em Nova York. “Meus projetos de crescimento passam por outras criações, mas não por mais espaço para o bistrô”, esclarece.
Gostando se ser pequena, Joana encontra todas as referências para suas invenções em viagens. Segundo ela, a valorização dos pequenos negócios, de bairro, com características bucólicas, é o que mantém o romantismo das grandes cidades. “No mundo todo, sempre procuro conhecer locais com personalidade de seus proprietários. Gosto do gosto dos donos impresso em cada detalhe.” A comemoração vai ser a cara dela: muitos amigos artistas, canjas de músicos frequentadores, muito vinho e alegria – lá tem, mas leve a sua.