Arquitetura carioca completamente de luto: morreu neste domingo (20/05), aos 65 anos, o arquiteto Pedro Paranaguá, na Casa de Saúde São José, em Botafogo, onde foi internado há uma semana, numa crise violenta de falta de ar – sofria de fibrose e câncer no pulmão. O lado profissional era apenas um dos talentos desse arquiteto, formado pela Universidade Gama Filho, tendo aprendido muito do que sabia com Sérgio Bernardes, de quem foi estagiário. Era criativo, inteligente, gentil, espirituoso e muito sociável, homem de muitos amigos das mais variadas áreas de atuação, junto à sua mulher, a estilista Naná Paranaguá, com quem foi casado a vida inteira. Os espaços assinados por ele estavam sempre entre os mais esperados do CasaCorRio, a cada edição. Por ser filho do diplomata Paulo Henrique de Paranaguá e da designer Glorinha Paranaguá, Pedro morou em vários países. Deixa dois filhos e dois netos. O corpo vai ser cremado nesta segunda-feira (21/05), no Memorial do Carmo, às 14:30 – velório a partir das 12:30.
As opiniões dos amigos falam por si:
Ana Maria Indio da Costa (decoradora): “Pedro era excelente profissional e amigo, só tenho elogios. É uma grande perda tanto para a decoração quanto para a arquitetura carioca.”
Erick Figueira de Mello (arquiteto): “Tinha muito carinho por ele, dono de um gosto refinadíssimo. Era um arquiteto muito culto, talvez até por ser filho de embaixadores. Teve uma vida de cultura muito rica e, sobretudo, sempre acolhia os colegas, era gentil e generoso”.
Marcia Müller (arquiteta): “O Pedro era talento e bom gosto na mesma pessoa. Ela tropicalizava sua cultura internacional e traduzia tudo no seu trabalho. Sem falar no senso de humor e na simpatia. Assinou projetos muito bacanas em casas particulares.”
Patricia Mayer (diretora da CasaCorRio) – “Passamos muitos anos de nossas vidas juntos. O Pedro amava a profissão, a arquitetura era muito forte nele. Sempre trazia para os projetos a vivência de ter morado no Marrocos, na França ou na Espanha, além de ser muito atento às novidades. Está todo mundo arrasado, era amigo e parceiro, além de um homem bonito e sempre de sorriso largo”.