Seja para a rainha de Sabá ou para uma divindade caída do céu (aha, tem aqueles que se acham um pouco acima!), as ordens do Cello Macedo, dono da Casa Camolese (em sociedade com o artista plástico Vik Muniz), no Jockey Club, ao RP Bell Biyls é que seja quem for, não pode passar à frente, precisa respeitar a fila de chegada.
Sim, não é essa maneira de ver as coisas que todo mundo quer? No entanto, no Rio, não é fácil, razão de alguns gestos ou olhares hostis ao Bell, que passa à frente não a pessoa, mas a situação – joga nas mãos do maître Francisco Mendes ou da gerente Lidia Menezes. Às vezes, aparece uma ou outra criatura sentada em pouco tempo, depois de pequena espera no bar ou no deck, mas eles devem saber explicar – nada de ir pelo subentendido, hein?
“Vivendo nestes tempos de ódio, sendo negro, gay e nordestino, tento me posicionar da melhor maneira possível”, diz Bell, flanando no salão com a desenvoltura de uma bailarina. O restaurante tem 90 lugares; o bar, 30; o deck, 60. E fica lotado todas as noites!