Lea T é capa da edição de novembro da revista italiana Grazia. A publicação percorre a vida da modelo brasileira, filha do ex-jogador Toninho Cerezo, que ganhou o mundo quando Riccardo Tisci, estilista da Givenchy, a descobriu e a lançou como modelo. Desde então, ela é notícia mundial. Na entrevista, Lea revela que, na época da descoberta como transexual, “Meu pai (famoso na Itália por ter jogado pelo Roma e no clube genovês Sampdoria) disse que gerou uma aberração da natureza e só não morreu porque era um grande homem.” Hoje está tudo bem com a família, tudo superado. “Estou orgulhosa do meu passado transexual, tanto que tatuaria na minha testa o quanto estou feliz. Não deixaria de derramar uma lágrima se pudesse voltar atrás. Ir contra o mundo me fez uma mulher três vezes mais forte”, disse na entrevista.
Ela cita o apoio de Tisci durante a descoberta: “Nós nos tornamos amigos inseparáveis desde os 21 anos, quando ele voltou a Milão depois de terminar o Colégio de Arte Central Saint Martins e Design de Londres. Naquela época, tínhamos pouco dinheiro e saímos de carro pela costa nos divertindo como loucos. Em Miami, contei a ele quem eu era de verdade, e ele disse que eu sempre seria uma Tisci. O T é uma homenagem a Ricky “. Sobre sua vida amorosa, ainda disse: “Estou solteira porque o amor para nós, transexuais, é um assunto ainda mais complicado. Estou tão certo da minha identidade, que isso pode assustar muitas pessoas que cresceram com paradigmas preestabelecidos. Encontrar um companheiro é mais difícil, mas não impossível”.
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