A volta do ex-ministro Geddel Vieira Lima ao regime fechado, com a prisão preventiva feita, na manhã desta sexta (08/09), em Salvador, não levou Marcelo Calero a comemorar o acontecimento, mas deixou-o mais falante do que na primeira vez em que o ex-ministro da Secretaria de Governo de Temer foi detido.
Marcelo foi aquele ministro da Cultura que pediu demissão por se sentir pressionado, por Geddel, a aprovar a construção de um prédio numa área tombada na Bahia. “Há uma inversão nítida de valores no país, o sujeito que corre com a mala está solto e, nesse outro caso, um dos homens mais poderosos da República aparece com um bunker ligado a ele com mais de R$ 51 milhões em dinheiro vivo. A prisão do Geddel vai ao encontro desse sentimento de justiça que tanto temos buscado, de que a lei tem que ser igual para todos”, disse.
À pergunta sobre se teria ficado alguma mágoa ou arrependimento por ter interrompido sua gestão no Ministério da Cultura, Calero jurou que não:”Ficou a certeza de ter agido corretamente e de acordo com meus princípios”, disse o carioca, que não à toa é diplomata de carreira. No momento, licenciado do Itamaraty, Calero faz mestrado na UERJ em Ciência Política.