Foi escolhido o título do segundo longa dirigido pelo escritor e editor Miguel de Almeida (colunista do Globo): “Tunga – O esquecimento das paixões”. Depois de filmagens em Inhotim, Rio e São Paulo, o filme já está nos cortes finais, com previsão de conclusão até meados de julho. É a visão do diretor sobre a obra e a vida do artista plástico e de seu pai, o poeta Gerardo Mello Mourão. “Não é informativo, cronológico ou biográfico. É uma recriação da vida deles a partir do trabalho visual e poético de ambos”, diz Miguel. “É como eu os vejo. Conto a história usando suas obras”.
Miguel quis também fazer uma homenagem a dois outros artistas que, segundo ele, compõem a tríade de grandes nomes da arte contemporânea das últimas décadas, junto com Tunga: Miguel Rio Branco e Cildo Meireles. Surgem no filme, por meio de suas opiniões a respeito do colega e amigo. Outros nomes ainda ajudam a fazer a narrativa de “Tunga – O esquecimento das paixões”: os diretores Murilo Salles e Artur Omaro, o colecionador Bernardo Paz, o editor José Mário Pereira, entre outros. O longa anterior de Miguel foi “Não estávamos ali para fazer amigos”, de 2015, sobre a explosão da cultura urbana nos anos finais da ditadura. Esse filme é uma coprodução com o Canal Brasil, patrocinado pelo Itaú Cultural. Antes de chegar aos cinemas, será exibido em festivais.