Nenhuma editora brasileira vai comprar os direitos de “Pamela”, biografia de Pamela Churchill Harriman, lançada no começo deste ano na França (sucesso enorme naquele país)? O livro, de Stephanie Des Horts, conta a vida dessa mulher por cuja cama passou Ali Khan, Agnelli, Sinatra, Harriman, Druon, Rothschild, uma das maiores sedutoras de todos os tempos. Oficialmente foi casada com Randolph Churchill, Lelan Hayward e Averell Harriman – sua carreira amorosa é de um leque dos maiores.
Pamela morreu em 1997, depois de uma hemorragia cerebral quando nadava na piscina do Ritz, em Paris. Nessas condições, não pode ser dito que tenha sido uma morte deplorável! A então embaixadora dos Estados Unidos em Paris (embaixadora é diferente de embaixatriz, que fique claro) tinha sido nomeada por Bill Clinton, cargo oferecido como um “obrigado”, já que ela participou da sua vitoriosa campanha eleitoral. O ex-presidente sempre disse que Pamela, já uma senhora, foi uma inspiração pra ele. Neste último livro (existem outros sobre sua vida), fica-se sabendo, por exemplo, que a biografada jamais usava calcinhas, para não marcar a roupa….
Na abertura do livro, tem a seguinte frase da autora: “Em memória de Pamela onde quer que ela esteja: na cama de Deus ou do Diabo”. Essa mulher ruiva, sardenta e não magra (está mais do que provado, como os homens gostam) foi sempre adorada pelo sogro Winston Churchill.