A crueldade das redes sociais é fato novo na vida de todo mundo, não foi diferente nesta quinta-feira (02/02) com a morte cerebral de Dona Marisa Letícia. A ex-primeira dama está internada no Sírio-Libanês, em São Paulo, desde 24 de janeiro, depois de sentir-se mal no apartamento em que morava em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, onde foi confirmado o AVC.
Na página do ex-presidente Lula foi publicada essa mensagem, depois de ser divulgada a morte cerebral: “A família Lula da Silva agradece todas as manifestações de carinho e solidariedade recebidas nesses últimos 10 dias pela recuperação da ex-primeira-dama Dona Marisa Letícia Lula da Silva. A família autorizou os procedimentos preparativos para a doação dos órgãos.”
Não foram poucas as declarações nas redes sociais de pessoas que comemoraram a morte da mulher de Lula. Consta que até houve um buzinaço perto do hospital.
O psicanalista e psiquiatra Luiz Alberto Py vê o caso como uma despersonalização. “As pessoas que falam essas barbaridades não estão pensando que é uma senhora, que morreu de uma doença, que tem uma família. Não enxergam a totalidade. Não gostam do Lula, do PT e decidem, por isso,atacar, quando até os adversários do Lula, como Fernando Henrique Cardoso e o Michel Temer prestaram apoio e solidariedade”. Py vai além: “Sempre existiu um grande volume de idiotas, de pessoas agressivas, que antes não eram ouvidas. As redes sociais tornaram possível essas pessoas aparecerem. É como num bar, em que chegava um sujeito e gritava alguma coisa. Da mesma maneira que a gente se afastava de um cara assim, é o que devemos fazer na internet”.
É época de assistir à perversidade ilimitada!