Aproveitando que o ator Hugh Jackman (o Wolverine, de X-men) falou, esta semana, do seu câncer de pele, a dermatologista Leandra Metsavaht chama atenção para a última pesquisa da Sociedade Brasileira de Dermatologia (gestão 2015/2016), onde ela era Secretária–geral; Gabriel Gontijo, de Minas, presidente; Emerson Lima, de Pernambuco, coordenador da campanha de prevenção do câncer de pele; Sérgio Schalka, de São Paulo, coordenador-geral.
Dos entrevistados que têm filhos até 15 anos, verificou-se que 20% dessas crianças e adolescentes não se protegem de forma alguma nas atividades de lazer. Se a análise incluísse as classes D/E, esse percentual subiria para 35%. “Isso quer dizer que os pais e responsáveis devem ser mais atentos e protegê-los melhor. Afinal, queimaduras solares até os 18 anos aumentam a chance de câncer de pele no futuro”, afirma a médica. E completa: “Tenho atendido pacientes bem jovens com câncer de pele, por volta dos 25-30 anos. Isso assusta um pouco porque as estatísticas sempre colocavam a faixa etária entre 35 e 45 anos. Mesmo com tantas campanhas e informações sobre o câncer de pele, parece ainda que as pessoas são resistentes a entender a gravidade da questão.”
E outra, segundo a mesma pesquisa, 6 milhões de brasileiros adultos (mais de 4% da população) não se protegem de forma alguma quando estão na praia, piscina, cachoeira, banho de rio ou lago. Também não evitam o horário das 11h às 16h no verão (horário de pico do UVB, que é cancerígeno), usando guarda-sol, chapéu, óculos, ou protetor solar. Ou seja, esses adultos, que deveriam ser responsáveis, não dão a mínima para o risco do câncer de pele.