Logo à chegada para o Baile do Copa, nesse sábado (25/02), em homenagem às gueixas, tendo Sabrina Sato como madrinha, o primeiro contraste: em vez do feérico mundo de cores vivas, só tons pastéis. Trazer inspiração da cultura japonesa para uma festa de carnaval foi uma ousadia. Nada menos carnavalesco que as relações interpessoais no Japão: cumprimentos formais, ausência de contatos físicos, vozes baixas, mulheres submissas. Mas, se está por trás disso o cenógrafo e figurinista Mário Borrielo, tudo pode ser transformado num cenário espetacular e atraente. As sombrinhas no teto, as árvores de cerejeiras (no Japão é sinal de boa sorte) em rosa e branco, as estátuas – que espetáculo! Para quem é ligado no assunto, é tão atraente quanto algumas mulheres, fossem elas conhecidas como Claudia Raia, Luiza Brunet, Glória Maria, Narcisa Tamborindeguy….. Muitas aplaudidas no corredor que se forma à entrada do hotel.
E, de repente, tudo balançando no ritmo dos sambas e marchinhas: dentro dos salões, um tipo de som; fora, outro. Enquanto isso, Andrea Natal, diretora do hotel, recebia os amigos em seu camarote. Ali, só Veuve Clicquot; a certa altura, descobriram que as tacinhas do espaço eram diferenciadas, na cor laranja. Alguns saíam e passavam para os amigos, que, na melhor cara de pau carioca, deixavam o garçom ver, como que dizendo: “Eu estava aqui antes”. Os camarotes têm de ser para uma passagem; se você está disposta a triunfar, digamos assim, precisa circular. A sensação, segundo o advogado e cônsul honorário da Noruega, Gutemberg Tinoco, era a de que, a qualquer momento, James Bond, sim, o espião, atravessaria o salão estupendamente acompanhado – uau! Foi uma noite de mulheres deslumbrantes, do que resta de cavalheiros com seus summers, black-ties e fantasias (em todos os sentidos). Afinal, há um temor reverencial pelo Copa, nossa catedral carnavalesca. Veja fotos na Galeria.