Raphaela Severiano Ribeiro faz parte do time de jovens empreendedores cariocas, que poderia não trabalhar, ou começar mais tarde, se quisesse – sua família, ligada ao cinema, é uma mais conhecidas do Rio – mas nunca passou por sua cabeça não ter uma carreira. Pelo contrário, desde os 10 anos de idade Rapha decidiu ser confeiteira, se dedicar aos doces e chocolates, investiu seus estudos nessa direção e, aos 19 anos (agora tem 24), já estava entregando as primeiras encomendas. Nesta época do ano, uma das mais movimentadas na sua área, ela está a toda – para quem não sabe, não é só na Páscoa que os cariocas dão presentes com chocolates.
O Rio e o Brasil andam doces? Acha que as pessoas estão descontando mais suas frustrações no chocolate?
“Só se for de chocolate amargo! (rs). Estamos vivendo momentos difíceis no Rio e no Brasil como um todo, mas acredito que tempos melhores virão. Apesar da crise e do aumento de violência no nosso dia a dia, as pessoas não pararam de consumir doces. Podem pedir menos quantidade, mas não deixam de encomendar.
Com que idade você descobriu que queria trabalhar e por quê?
“Desde pequena sempre adorei criar sobremesas, doces e bolos para minhas amigas. Então, resolvi fazer faculdade de gastronomia e, depois, me especializar em pâtisserie. Aos 19 anos, senti que tinha um espaço no mercado que eu poderia preencher e decidi abrir a Raph’s.
Tendo tudo à mão poderia ser uma garota mimada, mas é sabido que você trabalha muito, principalmente nesta época do ano. Por que essa escolha?
“Quando a gente ama e acredita no que faz, o trabalho vira um prazer. E também acho que, hoje em dia, ninguém pode se dar ao luxo de não trabalhar.
Quantos funcionários trabalham com você?
“Tenho dez funcionários que trabalham comigo atualmente”.
De onde vem o cacau que é ingrediente dos seus doces? O que você tem de diferente para apresentar na sua marca?
“Tenho uma variedade enorme de chocolates e ingredientes para cada produto, com propósitos diferentes. Estou sempre procurando usar o que tem de melhor no mercado e buscando coisas novas. O que me diferencia é a qualidade, as ideias e um toque pessoal”.
Tem sempre uma descoberta médica surgindo a favor ou contra o consumo de chocolate. Você, pessoalmente, recomendaria o produto por quê?
“Eu recomendo o chocolate porque acredito que a vida é para ser comemorada e nada melhor que um doce para alegrar o dia. E tudo que é feito com alegria não faz mal!”.