Duas exposições foram abertas, nesse sábado (03/12), no MAM. Carlos Zilio, um dos mais importantes artistas da cena contemporânea brasileira, teve remontada a exposição “Atensão’, de 1976, com coordenação de Vanda Klabin e Jaime Vilaseca. As oito peças, uma instalação com materiais de construção em equilíbrio precário, com o som de um metrônomo acentuando a tensão, estão no mesmo lugar da montagem original, no terceiro andar do museu.
Segundo Vanda, a individual “foca uma produção estética investida de alto teor político”. Nesta quinta-feira (08/12), aliás, às 16h, vai ter uma conversa aberta ao público sobre o contexto político da época, com Zílio, os curadores do MAM Fernando Cocchiarale e Fernanda Lopes e o crítico Ronaldo Brito.
A outra mostra inaugurada foi a de Eloá Carvalho, “Todo ideal nasce vago”, criada a partir de pesquisas no acervo fotográfico das exposições que aconteceram no MAM desde os anos 50. Na tela “O regador”, o homem curvado com um regador na mão é Juscelino Kubitschek, então presidente da República, fotografado na solenidade de plantio das palmeiras do Parque do Flamengo, no final dos anos 50. “Achei interessante a pessoa que se curva, em uma ação simples, diferente da atitude formal e solene de um chefe de Estado”, explica a artista. Eloá também fez uma pintura em grande formato do artista Heitor dos Prazeres, a partir de uma imagem dele num coquetel no museu – presença rara de um negro num evento desse tipo na época. Veja fotos na Galeria.