Advogado de muitos artistas conhecidos – Luana Piovani, Preta Gil e Carolina Dieckmann são suas clientes – Ricardo Brajterman está com o projeto de fazer um anuário fotográfico do teatro carioca, a partir de 2010. Essa é a data em que ele começou a se dedicar a clicar, com maior disciplina, as peças em cartaz no Rio, depois de ter feitos inúmeros cursos na cidade carioca, em São Paulo e EUA.
Foi a maneira que ele encontrou de ficar perto do ambiente de teatro, que adora – fez o Tablado e assiste a duas ou três peças por semana. “É muito maçante o dia a dia da advocacia, você tem que lidar com a morosidade da justiça, o estresse das cobranças dos clientes, das dificuldades em fazer um processo andar”, conta o advogado, que não cobra pelas fotos que faz. “A maioria das peças que fotografo não têm subsídio e, entre ter um registro com celular e outro feito por uma pessoa com conhecimento técnico, a segunda opção prevalece”, diz. O hobby, aliás, não sai barato para ele, que vive investindo no aperfeiçoamento do seu equipamento: “Enquanto muitos colegas gastam o dinheiro em carros, em prefiro gastar com material fotográfico”.
Sobre o fato de estar fazendo concorrência com profissionais que vivem desse mercado, Brajterman justifica: “Hoje existem maneiras diferentes de ganhar dinheiro, como, por exemplo, com o compartilhamento das fotos no Instagram ou YouTube”.