A banda Panamericana, que se apresentou neste fim de semana (26 e 27/11) na Caixa Cultural, com lotação esgotada, e que se dedica a apresentar, em português, canções do pop e do rock hispano-americano, ainda vai voltar a tocar no próximo ano. Apesar dos altos custos e logística complicada para reunir tantos artistas que estão em projetos individuais, o show deste domingo não foi o último, como foi anunciado. Mas se tivesse sido, deixou sua marca: além dos artistas fixos – Dado Villa-Lobos (Legião Urbana), Dé Palmeira (ex-Barão Vermelho), Charles Gavin (ex-Titãs) e Toni Platão (ex-Hojerizah) e dos convidados uruguaios Juan Casanova e Franny Glass, o show ainda teve canjas de Humberto Effe (ex-Picassos Falsos) e João Barone, do Paralamas do Sucesso, que estava na plateia e foi convocado para ir ao palco tocar bateria.
Toni Platão começou agradecendo às pessoas que saíram de suas casas nesses dias em que o Rio está tão violento, e foi um apresentador muito bem humorado e irônico. A orelha de Frejat, do Barão Vermelho, deve ter ardido bastante: Toni intimou Dé Palmeira a cantar a música “Gris”, no que o baixista comentou: “Lá (no Barão) eu não podia cantar, aqui eu sou obrigado”. Em seguida, Platão arrematou: “Meu nome é Antônio, não é Roberto”.
O uruguaio Juan Casanova cantou “Será” e “Tempo Perdido”, da Legião; o grupo todo cantou “Lugar Nenhum “ e “Flores”, dos Titãs, e Platão ainda interpretou “Pros que estão em casa”, para alegria do público roqueiro.
O Panamericana só ficou devendo, por enquanto, seu tão esperado CD, que, por envolver questões de direitos autorais dos vários compositores e bandas latinos, ainda não tem previsão de lançamento.