Se há um brasileiro que conhece o presidente eleito dos EUA há tempos é o empresário Ricardo Amaral. Quando Ricardo teve a boate Club A em Nova York, nos anos 80, Trump frequentava o local com sua mulher à época, Ivana. “Eles ficavam até uma da manhã, não mais que isso. E Trump, muitas vezes, ia sozinho”, conta Amaral. Depois, o brasileiro abriu o restaurante Alô, Alô, que ficava na esquina com o Trump Plaza. “Nessa época, eu era o locatário dele, e minha relação era de inquilino com o dono da loja, mas ele costumava ir muito lá, ia a pé do escritório, geralmente chegava no início da noite e tomava um dry martini. Era simpático, mas aquela simpatia estereotipada do americano”.
Ricardo observa, no entanto, que o Trump candidato é muito diferente da pessoa que conheceu. “A política tem isso, tem essa capacidade de transformar as pessoas”, acrescenta. Em uma coisa o americano permanece igual: “Ele era muito interessado por mulheres. Tem o cara que não tem interesse, o outro que tem mais ou menos, mas ele tinha muito interesse”, finaliza Ricardo, dando a entender que sabe bem mais coisas do novo presidente americano do que quer admitir.