Inconformado com a escolha do filme “Pequeno Segredo”, de David Schurmann, para representar o Brasil na disputa de Melhor Filme Estrangeiro no Oscar, o cineasta Guilherme Fontes fez um desabafo contundente em sua página no Facebook, sem sutilezas.
“Realmente um país de merda. Desculpe se generalizei. Desabafo. ‘Chatô’ recebeu prêmio APCA de melhor diretor da associação de críticos, todos prêmios ABC de técnicos da Associação Brasileira de Cinematografia e concorre a 12 indicações da Academia Brasileira de Cinema. O Ministério da Cultura, junto com Luís Carlos Barreto, foram os responsáveis por mais de 15 anos do atraso do filme e o TCU afirma que eles estavam errados. 99% da critica foi (sic) unânime e junto com o público reconhecem a alta qualidade do filme. E agora eles indicam ao Oscar um filme que ninguém viu. Patético. Nem estreou. Vai estrear apenas um dia para cumprir protocolo!!! O que eu podia esperar de uma comissão com um membro da família Barreto na presidência e uma Carla Camurati julgando…Esses dois frustrados e medíocres diretores, que passaram anos me detonando de graça, jamais seriam grandes pra reconhecer o óbvio. Gente hipócrita. ‘Pedalaram’ apenas para não darem o braço a torcer. Porque são ‘pequenos’. E os demais fazem silêncio?! Em gratidão a todos os técnicos e a minha família, acho que vou concorrer em paralelo. Que nem ‘Cidade de Deus’. Vergonha. Decisão injusta e incorreta”.
Segundo o crítico da “Folha de São Paulo”, Alcino Leite Neto, “Pequeno Segredo”, que só estreia no Brasil dia 22, “é um dos piores filmes do cinema brasileiro dos últimos anos” . O filme de Guilherme, “Chatô”, foi preterido pela comissão destacada pelo Ministério da Cultura para fazer a indicação, assim como “Aquarius”, de Kleber Mendonça Filho e outros 14 longas.