Fernanda Montenegro foi a convidada para o ciclo de conferências sobre teledramaturgia da ABL, essa terça-feira (13/09). A atriz estava ao lado de amigos queridos, tais como: Ferreira Gullar, Arnaldo Niskier e Ruth Niskier, Mary e Zuenir Ventura, Merval Pereira, Rosiska Darcy de Oliveira, Evanildo Bechara, Antonio Carlos Secchin, Antonio Torres, ou seja, quase todos. Com os 400 lugares do auditório lotados, Fernandona foi aplaudida com todos os louvores. Não fosse um ambiente, digamos, tão formal, teria certamente ouvido gritos variados.
Zuenir apresentou-a não falando sobre o seu currículo, mas citando os autores das peças em que já atuou! Uma lista interminável, que fez o público rir, citando desde Shakespeare até Pirandello.
E a atriz foi falando de maneira suave sobre sua vida e carreira, citando frases de vários escritores e críticos de teatro internacionais a respeito do que é atuar. Uma aula de cultura!
“Ser atriz não é uma profissão, é um ofício!”, disse ela. Seu palco preferido é teatro; cinema e televisão estão em segundo plano. Falou também do começo difícil em São Paulo, com o marido, Fernando Torres, mais Ítalo Rossi, Sérgio Brito, Cacilda Becker e Walmor Chagas. No final, leu, emocionada e chorando, uma carta escrita à mão (mostrou à plateia) por Paulo Autran, quatro dias antes de morrer. Era uma despedida amorosa com um agradecimento pelo convívio ao longo dos anos.
Terminou dizendo que, modestamente, tentou transmitir suas impressões e sentimentos durante os seus 70 anos de carreira! Uma maravilha de tarde!