Apesar da chuva torrencial que encharcou os participantes da cerimônia de encerramento, nesse domingo (21/08), da Olimpíada, a médium Adelaide Scrítori, conhecida por controlar o clima com a ajuda da entidade Cacique Cobra Coral, estava nas imediações do estádio. São vários os motivos que contribuíram para que a médium não conseguisse evitar o aguaceiro durante a cerimônia, segundo o porta-voz da Fundação Cacique Cobra Coral, Osmar Santos. “Uma frente fria enorme estava retida, há 24h, no Paraná e São Paulo. É como se estivéssemos segurando a válvula de uma panela de pressão”, explica Osmar, que ressalta que o trabalho da médium não se restringiu às festas de abertura e final dos Jogos Olímpicos. “Cada dia foi uma luta”, diz.
O vento começou a limpar as nuvens de chuva às 17h24 desse domingo, mas o assessor conta que receberam uma mensagem da organização do evento, dizendo que se a ventania continuasse como estava, teriam que cancelar várias partes do espetáculo.A opção foi parar o vento e, às 18h57, começou a chover.”O Cacique não concordou em dissipar a frente no oceano, porque estamos no meio de uma operação hídrica e temos que aproveitar o máximo de chuva para enfrentar o período seco no Rio”, continua o advogado.”Havia também o risco de prejudicar a cidade com enchentes localizadas, então, entre a festa e a população, ele decidiu colocar a segurança dos cariocas em primeiro lugar”.
Osmar não deixa de dar, também, uma cutucada no Alerta Rio, que não mandou o relatório pedido da situação de ventos, temperatura, umidade e pluviometria na vizinhança do Maracanã, a partir das 18h. “Isso, com certeza, atrapalhou bastante, mas conseguimos manter a chuva mais fraca no início e no final e o show dos fogos não foi prejudicado”.
“O Cacique é uma entidade poderosa, mas não é Deus”, desabafa o porta-voz, que aponta como “legado meteorológico” do trabalho do Cacique na Olimpíada o envio de frentes para o Centro-Oeste e o Pantanal, amenizando as altas temperaturas locais e evitando incêndios nas matas.