Uma Dilma Rousseff aguerrida, bélica (demonstrando espírito armado), acaba de fazer seu pronunciamento no pós-Impeachment (por 61 votos a favor e 20 contra). A ex-presidente usou um figurino vermelho PT. Por que não usou as cores da bandeira brasileira? O partido vem antes do país?
Algumas passagens do discurso: “Hoje, o Senado Federal tomou uma decisão que entra para a história das grandes injustiças. Os senadores que votaram pelo impeachment escolheram rasgar a Constituição. Decidiram pela interrupção do mandato de uma Presidenta que não cometeu crime de responsabilidade. Condenaram uma inocente e consumaram um golpe parlamentar.”
E continuou:
“O projeto nacional progressista, inclusivo e democrático que represento está sendo interrompido por uma poderosa força conservadora e reacionária, com o apoio de uma imprensa facciosa e venal. Vão capturar as instituições do Estado para colocá-las a serviço do mais radical liberalismo econômico e do retrocesso social. Acabam de derrubar a primeira mulher presidenta do Brasil, sem que haja qualquer justificativa constitucional para este Impeachment.”
No discurso do dia anterior, quando decidiu ir ao Senado se defender, a postura foi outra: menos agressiva. Aquela não era a verdadeira Dilma: dessa forma tentava conquistar votos pendentes. Esta semana, vimos duas Dilmas bem distintas, a de antes e a de depois da votação do impedimento.