Ao final da reza, diante do corpo do artista plástico Ivald Granato, no cemitério Getsêmani, em São Paulo, nesta segunda-feira (04/07), o padre concluiu: “Ele agora virou um anjo.” Em meio àquela tristeza danada, família, uns 150 amigos, muitos explodiram numa risada. E alguém disse: “Não, Granato anjo? Quá quá quá. Que tipo de anjo ele seria?” E um outro respondeu: “Um anjo infernal.”
Ivald, de 66 anos, nome conhecido nas artes plásticas brasileiras, era pintor, escultor e performático (recentemente, foi inaugurada exposição dos seus 50 anos de carreira). Granato, que morreu dormindo, era irônico, sempre com duplo sentido, raciocínio rápido, debochado, humor malandro e inteligente. Foi enterrado ao som de Lou Reed.