Se há uma característica que não falta ao médico Alberto Gonzalez é vitalidade – além de ser ligado na tomada no ‘220 volts’, não lhe escapa nenhum detalhe. Controla tudo que se passa na Casa Santa, como batizou o lugar, e lá recebe pessoas que passam por um intensivo tratamento em busca de cura ou, simplesmente, pessoas como eu, que desejam desintoxicação e prevenção de doenças através de conhecimento alimentar e dos alimentos em si.
Ele descreve o local como o ambulatório do século 21. Numa simples e acolhedora casa localizada em Capão Bonito, interior de São Paulo, a saúde e a sala de aula se unem e se complementam. De acordo com o Dr. Alberto, ele está conseguindo romper muitos paradigmas, inclusive aqueles dos ambientes acadêmicos ligados à saúde, para os quais a alimentação não possui a devida relevância.
Com essa preocupação, ideias bem fundamentadas e estruturadas com base científica, é possível conscientizar e promover mudanças significativas no estilo de vida das pessoas. A inspiração vem de dois profissionais geniais, Ernest Gotsh – o criador do fantástico método sintrópico de agrofloresta e agroecologia – e Gabriel Cousens, que tem um incrível centro de tratamento, “tree of life”.
O dr. Alberto escreveu o livro “Lugar de médico é na cozinha”, da editora Alaúde, que, junto com outros livros, consulto em meus estudos, e possui um sítio onde pretende implementar um projeto de propiciar aos participantes o contato com a terra e com nós mesmos.
O programa de 21 dias de tratamento de doenças metabólicas contempla uma semana de adaptação com dieta líquida rica em vegetais, exercícios e uma rica desintoxicação do fígado. Em seguida, na segunda semana, acontecem breves exposições sobre fisiologia, educação alimentar e saúde e continuidade na rotina alimentar saudável. Se você tiver alguma necessidade especial informe, a equipe se adapta. Na terceira e última parte, ocorre a fixação dos conceitos com oficinas culturais.
Diariamente há hidroginástica em uma academia nas proximidades, terapias e conscientização corporal com o fantástico terapeuta Keli Pararayana Dasa, que transmite seus registros com suavidade e sensibilidade, além das aulas e acompanhamento pessoal com a competente nutricionista funcional Mônica Campos.
Já as aulas de culinária são muito intuitivas: não espere receitas e nem muitos esclarecimentos. Eu, que sou amante da boa cozinha e uma curiosa incansável, decidi não fazer perguntas e deixar fluir. O regime do programa é extremamente disciplinar e acho até que, para algumas pessoas, pode ser necessário. Muita gratidão a toda a equipe, ao Dr. Alberto, Maya, Célia – a musa chefe de cozinha – e seus ajudantes. Ao Marcio de Andrade, Bianca, Brunella e ao competente Micael.
Aho!
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