Em resposta à denúncia ambiental feita pelo surfista Carlos Burle no site, sexta-feira (08/07), a concessionária Orla Rio respondeu: “O licenciamento ambiental relativo às obras de revitalização de 21 quiosques na região da Barra da Tijuca prevê, como compensação pelo impacto gerado em 1,5 mil m² de vegetação local, a recuperação de 15 mil m² de vegetação. Serão reinseridas espécies nativas nas áreas atrás dos quiosques modernizados. Além disso, serão recuperadas outras áreas no Rio de Janeiro a serem definidas pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMAC). Todo o processo está sendo acompanhado de perto pelos órgãos de prefeitura e empresas terceirizadas.
Prossegue o texto: “A obra de modernização visa oferecer mais conforto aos clientes, frequentadores e operadores. As unidades passarão a contar com banheiro, uma área maior para preparo dos alimentos, deques com cobertura em inox e placas de captação de energia solar. O investimento feito na reforma é 100% privado, sem qualquer custo para o poder público”.
A mulher de Burle, a gestora ambiental Lígia Moura, comenta: “Hoje, gasta-se 10 vezes mais para replantar o que foi destruído,vide a orla do Leblon e Ipanema – com muito custo e dinheiro estão melhorando o aspecto de sua restinga. Igual, nunca mais vai ficar”.
Ela ainda questiona: “Para onde foram remanejados os animais que lá viviam (preás, lagartos, tejus e outros)?; como é que irão reconstituir o corredor do bioma, se eles avançaram pelo menos uns três metros pela praia? E as ressacas?”
Lígia conclui: “Nosso objetivo, agora, é impedir mais desmatamentos com a construção de mais quiosques. Se querem fazer um projeto moderno, que pensem moderno também. Não existe mais justificativa para destruir o meio ambiente. Quebrem a cabeça, pensem em outra coisa, mais desmatamento, não!”.