Primeiro artista contemporâneo a expor no Louvre, o pernambucano Tunga, que morava no Rio, morreu nesta segunda-feira (06/06), de um câncer que começou no fígado e se espalhou pelo seu organismo. Estava internado há alguns meses no Samaritano, motivo pelo qual tinha até alugado um apartamento no Leblon e fechado seu atelier na Barra.
Foi um dos expoentes dos anos 70, mas criou sua linguagem inusitada, com instalações e esculturas com recipientes de vidro, ossos, tranças, líquidos, caveiras…. A partir de sua obra foi criado o Museu do Inhotim. Tunga, tão talentoso quanto provocador, expôs na Bienal de Veneza, na Documenta de Kassel e, agora em junho, seu galerista, André Milan, vai levar a instalação “Eu, Você e a Lua” para a a seção Unlimited da Art Basel, na Suíça, com início na próxima segunda-feira (13/06).
“É uma pena saber dessa notícia, conheço o Tunga desde os anos 70 e, em setembro último, conversamos longamente, durante uma visita da ArtRio ao seu ateliê, sobre a experiências com música que ele queria fazer. É um artista inteligente, que poderia produzir até os 90 anos”, lamenta a curadora Vanda Klabin.