Casa, separa. Casa, separa. Casa, separa. Tem gente que nem se casa só porque diz: pra que casar, se depois é separar mesmo? Só que, às vezes, o amor, a atração, o desejo nos pregam peças. E não conseguimos nos separar. A comédia “O AMOR PERDOA TUDO, inclusive o casamento” é um banho de positividade em tempos tão sombrios.
A peça, a partir de Fabrício Carpinejar, em parceria com a roteirista Cláudia Tajes, com direção de Ary Coslov, apresenta os momentos da montanha-russa da vida de um casal, representado por Alexandra Richter e Mouhamed Harfouch, subidas amorosas, descidas de brigas, freadas do cotidiano, cabeça para baixo nas separações.
“Sexo com intimidade é altamente arrebatador. Desejar diferentemente sempre a mesma mulher é bem melhor do que desejar do mesmo jeito mulheres diferentes”, diz Carpinejar, para quem “liberdade na vida é ter um amor para se perder”. “As mulheres queimaram o sutiã; os homens, os pijamas listrados. Não há mais nenhuma revolução sexual depois do anticoncepcional e da pílula azul. A impressão é que os tabus foram superados”, completa o autor.
No cenário de Marcos Flaksman, a cama, o armário mostrando, de forma bastante eficiente, os objetos por onde circula a relação. E assim vão se construindo as piadas, que, na interpretação de Alexandra e Mouhamed, trazem-nos empatia com as dificuldades que todos nós presenciamos com nós mesmos ou com quem está próximo. E, tal como na montanha-russa, nos divertimos demais.
SERVIÇO
Quintas a sábados, às 21h
Domingo, às 20h
Teatro Leblon – Sala Fernanda Montenegro