A vitrine é de capotar, repleta de entradas que são uma loucura. A vontade é comer tudo sem restriçōes. Não economize, pois todas têm sotaque mediterrâneo – azeite, muitos legumes, azeitonas, temperos e especiarias – produtos de qualidade que, além de agradarem ao paladar, contribuem para uma agradável digestão.
A coalhada seca temperada é dos deuses, não esquecendo da clássica que não deixa nada a desejar. O pão árabe sai quentinho, é feito na casa, e é incomparável. Nem em Beirute comi igual.
Essa família que carrega a tradição gastronômica no DNA já possuía três restaurantes a quilo no Centro do Rio e, desde que abriram na Barra, o local vive apinhado de gente – especialmente o charmoso deque. Confesso ser um pouco barulhento e iluminado para o meu gosto. Mas, para quem é fã incondicional da boa comida, feita com esmero, ética e bom gosto, o principal é o principal.
Os fãs das mais variadas cervejas diferenciadas pensam ter chegado ao paraíso. Os amantes da boa kafta – frango ou cordeiro – também. O arroz com lentilhas dispensa comentários. Os charutinhos de uva não são meus preferidos, muito embora estivessem bem preparados. Preciso voltar urgente para provar o kibe cru, o tabule, o fatouch, o repolho recheado e a couve flor com taratur. Se você não implica com o sabor anisado, sugiro provar a bebida típica Arak.
O que mais me impressionou? O fato de utilizarem o alho, muito presente nesta culinária, com classe, isto é, sem exageros. O falafel está entre os melhores que já comi. Os quibes, as esfihas e o homus são irretocáveis. Os doces são viciantes, sugiro nem experimentar.
Serviço? Ágil e atencioso e os donos estão sempre por lá, o que determina a diferença.
Ticket médio? Sessenta e cinco reais ou mais…
Vai ter que dar um pulo na Barra da Tijuca! Afinal, depois de tantas delícias, o bairro nunca ficou tão perto.
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