Quando participou da Scope Basel Suíça, no ano passado, Martiza Caneca teve seis obras compradas por um grande colecionador logo no primeiro dia de feira. A fotógrafa, que já vinha fazendo trabalhos há três anos sobre a geometria das piscinas, decidiu, então, aprofundar o tema.O resultado vai estar em exposição, a partir desta quinta-feira (23/06), no Paço Imperial.
Com curadoria da historiadora Vanda Klabin, a mostra apresenta uma seleção inédita de 25 fotografias ampliadas em papel algodão. O repertório é amplo: tem o registro de uma piscina de vidro, clicada em São Francisco, uma fotografada à noite em Jerusalém, a piscina da casa onde morou Ernest Hemingway, em Havana, o vestiário da piscina da Universidade de New Orleans e uma outra de um colégio público no Rio. Comenta Vanda no seu texto de apresentação: “As piscinas de Maritza parecem conter episódios de vida, vestígios de memória, um tênue fio entre a presença e a ausência, um curso do tempo que parece suspenso, congelado, atemporal”.