Abriu nessa segunda (06/06), no Sesc Copacabana, a exposição “Caio Fernando Abreu – Doces Memórias”, no Sesc Copacabana, com curadoria das irmãs do escritor, Marcia de Abreu Jacintho e Claudia de Abreu Cabral, e idealizada pela Associação dos Amigos do Caio Fernando de Abreu (AACF).
A mostra tem vários objetos pessoais de Caio, como a máquina de escrever, que ele chamava de Virgínia Woolf e ambientes com referência a astrologia, música, cinema e artes, que faziam parte do universo do jornalista. Tem, também, um telefone com cartas escritas pelo autor e gravadas pelo ator gaúcho Marcos Breda. Ele conta que foi difícil “segurar a onda”: “Eu e o Caio éramos muito amigos, e essas cartas, que são as últimas que ele escreveu, têm muito de premonitório da morte dele. Foi um grande trabalho de ator, exercício de distanciamento, mesmo, para conter a emoção ao interpretar aquelas palavras”.
Ney Matogrosso estava na abertura e disse que, apesar de não conviver muito com Caio, se esbarravam sempre porque tinham amigos em comum – uma das fotos exibe Caio abraçado com Cazuza. Continua Ney: “Em uma entrevista, o Caio disse que era ‘o Ney Matogrosso da literatura’. Eu nunca entendi isso muito bem, mas achei uma homenagem”.
A programação em homenagem a Caio vai até 7 de agosto e inclui, ainda, mostra de cinema, um ciclo de debates, teatro com Nara Keiserman, dança com o grupo pernambucano “Qualquer um dos 2 Cia da Dança” e shows dias 21 e 22 com Marina Lima e Cida Moreira.