Não há quem, no Brasil, em algum barzinho, em um aniversário qualquer, no karaokê, não tenha gritado aos quatro ventos “Por onde eu for, quero ser seu par”. Pois é, a trajetória de Beth Carvalho é apresentada em Andança, com todos os ingredientes que fazem a história de uma carioca da gema: samba/carnaval, política e futebol.
Ao optar por um roteiro, dentro de um cenário quase que inexistente, a direção de Ernesto Piccolo, com o texto de Rômulo Rodrigues, decidiu contar a história de Beth Carvalho em forma cronológica ao mesmo tempo que vai mostrando em que Brasil ela se formou e em como Beth vai expressar essa brasilidade. E com isso, lança mão de três artistas para encarnar a infância, a juventude e a vida adulta, respectivamente Jamilly Mariano, Stephanie Serrat e Eduarda Fadini.
O musical teve as bênçãos da madrinha, que acompanhou todo o processo desde o início: “São duas as realizações maiores que um artista pode ter: uma eu já consegui, que foi ser enredo de escola de samba, e ser campeã. E a outra é ser biografada num musical. Acho que é a maior realização que a gente pode ter”, afirma Beth Carvalho.
Mas são os arranjos de Rildo Hora que permitem que o espetáculo vá além de uma mera homenagem aos 50 anos de carreira de Beth. Assim, como a impecável presença de Ana Berttines, fazendo Isaura, uma super fã, confere à Andança o vigor de uma peça na qual o jogo dramatúrgico tem um papel fundamental para emocionar a plateia: é teatro na veia, com uma trilha que reúne o melhor da música brasileira.
Serviço:
THEATRO NET RIO
Sextas e Sábados às 21h
Domingos às 20h