O diretor de uma clínica foi assaltado depois de sacar R$ 12 mil numa agência que fica nas proximidades do Shopping da Gávea; depois de pensar muito, processou o banco. Uma das razões alegadas por ele foi que pediu discretamente o valor, mas a atendente bancária pegou o dinheiro em vários caixas para juntar a quantia, e todos ao redor a ouviram falar. Na hora em que o portão da clínica foi aberto, na Estrada da Gávea, dois bandidos numa moto encostaram revólver na cabeça do carona e pediram o dinheiro. Eles sabiam detalhes, tanto que o motorista disse ao que estava na garupa: “Os R$12 mil estão com o careca.” E gritou: “É o careca! É o careca!” Esse é um dos pontos que constam no processo: a vítima acha que ser chamado de “careca” foi um tratamento pejorativo. Apesar de ser mesmo careca (como mostra a foto), ele quer ser reembolsado não só pela violência, digamos, de ter uma arma apontada, mas também por danos morais por considerar uma ofensa ter sido tachado assim.