A Lavagem do Bonfim, segunda maior manifestação popular da Bahia (depois do Carnaval), além dos habitantes locais, atrai milhares de turistas.
A concentração é em frente à igreja da Nossa Senhora da Conceição da Praia, para uma caminhada de 8 km até a igreja de Nosso Senhor do Bonfim. Não importa a religião de cada um, todos estão lá, com muita fé antes de tudo. As baianas vestidas a rigor, com saias longas, anáguas engomadas, braceletes, colares, brincos, turbantes, carregam seus vasos com água de cheiro.
Os políticos atuais não valorizam o grande evento como fazia Antonio Carlos Magalhães, que era presença mais do que certa todos os anos; tão certa quanto o bloco Filhos de Gandhi, que segue o cortejo. Os degraus da escadaria são lavados, ritual que começou em 1754, para purificar tudo e todos que estão ali. O figurino branco predomina, cor de Oxalá (no Candomblé), sincronizado com Nosso Senhor do Bonfim (na igreja Católica).
Na multidão, enquanto cantam o hino do santo, muitos tentam receber ao menos uma gotinha daquela água, como mostra a foto, pra “fechar o corpo”.