O humor anda ausente na política? Pegando como exemplo o semblante que o o vice-presidente Michel Temer tem mostrado (ainda mais quando vazam – sei! – conteúdos de cartas confidenciais), aí então…. Que cara era aquela de Dilma durante a posse do presidente argentino Mauricio Macri, nessa quarta-feira (09/12)? Dava pra perceber o, digamos, amargor. Na sequência, veio a cena entre a ministra da Agricultura Kátia Abreu e José Serra, na casa do líder do Senado, Eunício Oliveira, em Brasília. O senador paulista fez uma brincadeira sobre ela ter fama de namoradeira e Kátia reagiu, transtornada, jogando vinho em Serra. Numa situação dessas, o que você diria a um homem (qualquer)? “Ah! Obrigada” ou “Isso é um elogio?” ou “Já fui namoradeira, agora sosseguei, estou casada” e pronto. E para que servem as tantas desculpas sociais? Do episódio – lamentável – quem saiu ganhando foi … o humor dos gays cariocas. Em referência ao gesto da ministra,“fazer a Kátia” ganhou um novo significado. Explicando: a expressão já queria dizer “fazer-se de cega” – em referência à cantora Kátia, afilhada de Roberto Carlos – diante de uma ofensa. Agora, os gays podem optar: ou fingem indiferença diante de um insulto, ou jogam um copo de bebida na cara do infeliz.