O arquiteto Jimmy Bastian Pinto foi buscar inspiração em referências bem-humoradas do passado para criar o foyer do Casa Cor, o maior ambiente desta edição, com 140m². Para homenagear os 450 anos do Rio, ele procurou peças que tivessem significado histórico, como o cartaz do anúncio da Pasta Russa, vendida no início do século XX na Granado, que prometia, em um mês, dar à mulher “seios lindos, desenvolvidos, rígidos e aformoseados” – quase um silicone de época.
Ele também pendurou charges de revistas como a “Careta”, de 1917, e instalou na sala uma liteira imperial, dos seus bisavós, os Barões de Águas Claras. “Minha mãe, Jô Bastian Pinto, que tinha um humor irreverente, deu uso à essa liteira, em Petrópolis, como móvel de telefone. Para fazermos ligações era como se a gente estivesse no confessionário”, conta.
Contrário ao uso de muitos materiais num mesmo espaço – “Casa Cor não tem que ser showroom”, diz – Jimmy usou muitas cores fortes, que, segundo ele, tem tudo a ver com o Rio. Para forrar o sofá arredondado, tendência atual, ele diz que deixou o fornecedor maluco: “Pedi um verde de esmeralda colombiana roubada do turbante do marajá de Jaipur”, conta, rindo. “A ideia foi juntar o passado, o presente e o eterno do Rio. Procurei transmitir na mostra o conforto, o relax e a felicidade da cidade”.