O Rio, que já teve um dia o Museu do Carnaval no Sambódromo, ganhou, nessa quinta-feira (13/08), o Museu do Samba, aos pés do Morro da Mangueira. Na verdade, trata-se de uma ampliação do perfil do Centro Cultural Cartola, criado há 14 anos pela neta do sambista e de Dona Zica, a produtora cultural Nilcemar Nogueira.
Para marcar a inauguração, foi criada a Sala do Conselho do Samba, formado por sambistas consagrados como Nelson Sargento, Martinho da Vila, Noca da Portela, Monarco, Tia Surica, Aluizio Machado e Tiãozinho da Mocidade, entre outros. “A importância do Museu do Samba começa pelo nome, é um lugar que vai buscar o passado e também armazenar o presente”, disse Nelson Sargento. “Ganhamos mais uma porta aberta para os sambistas”, comemorou Tia Surica.
O cantor e compositor Aluizio Machado, autor do samba-enredo “Bum bum paticumbum prugurundum”, do Império Serrano, prometeu doar seu acervo, composto, entre outras coisas, de seis Estandartes de Ouro. A neta de Zé Keti também vai direcionar para o Museu do Samba os objetos que remetem a seu avô.
A Fundação Ford está dando uma consultoria de estruturação para o museu, de modo a formatar patrocínios que venham da iniciativa privada – o Centro Cultural Cartola funcionava com financiamentos, em sua maioria, do governo. O local já conta com duas exposições, uma sobre Cartola e outra chamada “Samba carioca, patrimônio cultural do Brasil”.