Não deixa de ser uma evolução a Justiça de São Paulo ter decidido que um médico que plantava maconha em casa para o seu próprio consumo não era traficante, e sim usuário, por decisão da juíza Silvana Amneris Rôlo Pereira Borges, da 6ª Vara Criminal de Santos. Ele fazia uso medicinal da Cannabis e, como publicado, alegou ter decidido cultivar a erva para não financiar o tráfico de drogas.
No Rio, existem vários casos de cultivadores caseiros. Só este ano, foram presas três pessoas em situações semelhantes à do paulista: André da Cruz Teixeira Leite, o Cert, da banda de rap Cone Crew Diretoria, em Miguel Pereira; um professor universitário no Humaitá, e um administrador no Alto da Boa Vista.
O incrível é que esse tipo de julgamento, digamos, mais humano e “liberal”, seria esperado muito mais de um juiz carioca do que de um paulista, tido como mais formais do que quem vive no Rio. É só aparência – é o que fica cada dia mais comprovado.