Olavo Monteiro de Carvalho, através do seu Instituto Marquês de Salamanca, acaba de assinar uma parceira, esse fim de semana, com a fundação alemã Peter Maffay, que presta assistência a crianças traumatizadas por violência, abuso ou doença. A fundação é muito conhecida na Alemanha – foi criada pelo roqueiro que lhe dá nome e que inventou, também, um dragãozinho em animação, o Tabaluga, símbolo dos abrigos infantis.
Desde agosto do ano passado o professor Hans Georg Näder, CEO do Otto Bock Group, maior fabricante mundial de próteses, equipamentos e tecnologia ortopédica, já tinha anunciado, em Berlim, com Maffay, a intenção de construir uma Casa Tabaluga (Tabalugahaus) no Rio, até o início das Olimpíadas de 2016, para as crianças de rua cariocas.
“As crianças não podem escolher onde e como crescer. Mas nós, adultos, podemos optar se vamos simplesmente ficar olhando ou se vamos fazer o que podemos para ajudar”, disse o roqueiro. Näder acrescentou, referindo-se ao Rio: “Essa cidade sempre me fascinou. Quero dar alguma coisa em troca. Nós dois queremos criar um lugar permanente para dar às crianças de rua uma nova perspectiva”. A Otto Bock, é bom ressaltar, vem apoiando os jogos paralímpicos desde 1988.
Como bons e organizados alemães, Maffay e Näder esboçaram três etapas até a abertura da casa. A primeira se referia ao oferecimento de cursos de computação e idiomas para as crianças de comunidades, através do site da Fundação. Na segunda fase, a atual, o projeto vai ser estruturado e finalizado com a ajuda de parceiros regionais – e aí entra o IMDS de Olavo, para dar mais credibilidade e força à ideia, até que ela saia definitivamente do papel – em agosto de 2016.
Näder está tão encantado pelo Rio que já comprou uma pousada, em Santa Teresa (perto do restaurante Aprazível), que vai passar por uma reforma. O CEO também se apaixonou pelo artesanato das mães de família que trabalham para o instituto de Olavo.