O professor Ivan Proença sempre fala para os seus alunos da OLIP (Oficina de Literatura Ivan Proença), no Flamengo, sobre expressões “cansadas” da língua portuguesa, essas que a gente não aguenta mais ouvir, usadas à exaustão. Proença deve ter sofrido, no último ano, com “por conta”, “beijo no coração”, (sem comentários) “um luxo”, essa última, então, virou selo pra tudo. O que é luxo jamais vai trazer essa marca; se traz, deixou de ser – caso fosse. O que é “de luxo” (o que é? Não sei) dispensa essa identificação. Alguém suporta ainda tais expressões? São apenas alguns exemplos – parece que se manifestam, são incontroláveis, são insuportáveis, são insubmissas. A impressão que dá é que surgem, de maneira espontânea, na mídia impressa, na eletrônica e em todas – é o que há de mais repetido. Para não aborrecer os leitores, os telespectadores, os ouvintes, seja no jornal, no rádio, na TV…. Pior do que essas? Não existem.