Com tanto corrupto, com tanto bandido, com tanto criminoso de todo o tipo no Rio, a polícia prende um professor que planta maconha em casa para uso próprio? Leva pra trás das grades cidadão com endereço fixo, trabalho definido, pagador de impostos? É melhor que alimentem o tráfico comprando em bocas de fumo ou desses ‘aviões’ que vivem por aí? Esta semana aconteceram dois casos de prisão: um no Humaitá, o professor já citado, casado também com uma professora, preso por acusação de tráfico, e o de um rapaz que foi denunciado à polícia por também ter uma plantação em seu apartamento, no Alto da Boa Vista. Ambos podem pegar 15 anos de prisão.
A discussão pode ir ainda mais longe se levarmos em conta os casos daqueles que precisam da maconha, inclusive crianças, para fins terapêuticos. É bom lembrar que a Anvisa tirou o canabidiol da lista de substâncias proibidas, mas não sua venda no país. A solução ainda é a importação do remédio, tão demorada.
No Uruguai, nosso vizinho, que até pouco tempo não era muito valorizado pelos brasileiros, cada cidadão maior de 18 anos pode comprar até 10 gramas semanais nas farmácias autorizadas, plantar seis pés por moradia ou participar de clubes de cultivo. A liberação da maconha reduziu a zero o número de mortes relacionada com o consumo e comércio da droga. Quando chegaremos aos pés dos uruguaios?