Muitos cariocas preferem ‘morrer envenenados’ a ter que conviver com o fechamento do Braseiro, desde essa terça-feira (27/01), pela Vigilância Sanitária, depois de denúncias. De acordo com a secretaria municipal de Saúde, “o restaurante vai permanecer fechado até que se cumpram as determinações da equipe do órgão municipal de deixar o local em condições higiênico-sanitárias satisfatórias”. Segundo consta, os técnicos descobriram rachaduras na parede da cozinha, nos pisos e goteiras no ar condicionado. Até aqui, se for levado a sério, muitos outros restaurantes no Rio merecem ter as portas lacradas – e muitos mais caros, que fique claro. Foi constatada ainda falta de higiene em todo o ambiente interno e na manipulação de alimentos.
Nada afasta o público do Braseiro, famoso por uma das melhores picanhas da cidade: nem o calor, nem os flanelinhas, nem os chatos, nem a gataria (que ali frequenta duas ou três vezes na semana), nem os traficantes (ah, vai dizer que ninguém desconfia disso – sei!) – é como se tudo isso junto virasse até uma atração, na esquina mais famosa do Baixo Gávea, na Praça Santos Dumont. Na verdade, estava programado para reforma a começar antes do carnaval. Aproveitando o, digamos, incidente, foi afixado um aviso de que estão em obras.
O site do restaurante informa que retomará o funcionamento em meados de abril, “novinhos em folha”.
A propósito: quem vai molhar as plantas ao redor do salão?