Por mais que todo mundo tivesse certeza de que Pedro Bial escrevendo, Andrucha Waddington dirigindo, Stepan Nercessian protagonizando e muitos feras envolvidos só pudesse dar em coisa boa, ainda assim, as expectativas nunca chegariam ao que é “Chacrinha, o musical”, que estreou nessa sexta-feira (14/11), no teatro João Caetano, no Centro – oficialmente, a estreia é na próxima quarta-feira.
O público ficou em êxtase com a história da vida de Abelardo Barbosa, o maior comunicador do rádio e da TV brasileira, que lançou tantos nomes da MPB e criou bordões usados no Brasil inteiro, além de querido de ponta a ponta do País. O musical faz chorar, faz rir, faz cantar, faz tudo junto, mas não deixa ninguém (tendo ou não conhecido o Chacrinha) sair dali sem se emocionar.
O figurino de Claudia Kopke vale prêmio, dá pra perceber que boa parte dos R$ 12 milhões do orçamento foram investidos ali, tanto quanto na cenografia de Gringo Cardia.
Bial, na plateia, com a namorada Maria Prata, foi cumprimentado à exaustão. A certa altura, Laís Gouthier se apresentou e disse: “Estou me sentindo em Nova York“, é uma frase sempre repetida quando acham alguma coisa boa – enfim! Supõe-se, ela tenha comparado aos maravilhosos musicais americanos e tenha adorado, só pode! Pedro respondeu: “Estamos chegando lá”. Nem tanto, mas o ‘Chacrinha’ certamente é um passo.
A família do apresentador toda lá, encantada, desde o filho Leleco Barbosa e a mulher, Maninha (ambos representados no palco por alguns momentos), até as lindas netas Ana Paula e Dandynha.
Todo mundo impressionado tanto com Leo Bahia (Chacrinha jovem, em Surubim, Pernambuco, escolhido entre 400 candidatos) e Stepan (o próprio Chacrinha encarnado) no auge da carreira na TV Globo. As chacretes, todas bonitas e gostosas, estão bem representadas. Rita Cadillac e Russo, da época do verdadeiro Cassino do Chacrinha, subiram ao palco levando todos à loucura.
Vamos esperar pelas críticas oficiais, quanto aos leigos, estão todos apaixonados – é o que importa, não é?