Uma multidão se formou em frente ao Shopping da Gávea, na Marquês de São Vicente, no meio da tarde desta sexta-feira (05/09). Alguns PMs vinham seguindo um motoqueiro, que fugia da polícia, e conseguiram interrompê-lo exatamente ali. Quem assistiu à cena, como a escovista Laura Pasolini ou a estudante de química Mariana Alves Romão, alega que os policiais abordaram o motoqueiro de arma em punho e o jogaram no chão de maneira truculenta, mesmo antes de saber que ele estava com a habilitação vencida, razão da fuga.
O advogado Ramon Teixeira de Sousa passava na hora, viu tudo e se ofereceu, solidário e destemido, para defender o motoboy, trêmulo, pálido e a essa altura, algemado, não conseguiu articular muitas palavras. E outra: os sargentos deixaram claro que não queriam suas fotos publicadas – quem é louco de desagradá-los? O que Ramon alegou em defesa do motoqueiro foi “o uso desproporcional da força e uso indiscriminado de algema”, já que o sujeito não resistiu à prisão. A população ficou sem saber se o infrator seria um criminoso, um trabalhador, um pai de família….
O que deu pra perceber:
1- Os cariocas andam igualmente com medo dos bandidos e da polícia.
2- Se agem sem cautela na frente de uma multidão, o que não pensar?
3- Existe algo que suavize as atitudes dos PMs?
3- Nada afeta a solidariedade, como provou o advogado.