A ArtRio, nesta 4ª edição, no Píer Mauá, com pouco mais de 4 mil obras expostas, está fervendo em todos os sentidos: no calor e nas vendas. Ali, você pode comprar trabalhos a partir de uns R$ 300 até R$20 milhões, neste caso, um Claude Monet (por esse valor, é o único). Os maiores artistas brasileiros estão nas vitrines e ao vivo.
Quando a feira abriu para alguns, pode-se dizer que já estava fechada para outros: os compradores com bala na agulha que não devem passar de 25 (20, que todo mundo do meio sabe quem é, e 5, do tipo não fala, não demonstra e não gosta de fazê-lo), já voltaram pra casa. É só o prazer, e nada mais. Como disse um comprador, sem saber pra onde olhar: “Está de perder a cabeça”.
Muito homem bonito e interessante tem circulado por ali, entre eles, vários gays, gringos, artistas, lunáticos. Vê-se ainda uma grande quantidade de mulheres de cabelos brancos, um costume mais das francesas, não é? Algumas periguetes também estão na área. Amiga da coluna brincou: “Trocaram os homens do mercado financeiro pelos colecionadores.” Muito vestido curto, roupa justa, joias por todos os lados e monograma de todo tipo. Algumas artistas fazendo aquela linha sou-quase-uma-mendiga, desgrenhadas, rasteirinha no pé e muito dinheiro no banco.
A feira, que perdeu o Alexandre Accioly como sócio, segue com Brenda Valansi, André Calainho e Elisângela Valadares – e continua lotada. Accioly tinha, além do trabalho em si, a vontade de valorizar tudo que é carioca, até porque, como diz o título, é ArtRio. Veja fotos na Galeria.