Sobre o assalto seguido de assassinato de que foi vítima a empresária Tintim Mascarenhas, nessa quinta-feira (17/07), na Praça Santos Dumont, o presidente da Amagávea, Bruno Belchior, diz que “a questão de segurança pública é uma preocupação antiga da associação de moradores. Desde o fim do ano passado estamos fazendo reuniões específicas sobre o tema com representantes da 15ª DP, do comando do 23º BPM, da CET-Rio e da Guarda Municipal”.
Ele conta que assaltos de pequeno porte, roubos de celulares de crianças e mesmo saidinhas de banco vinham crescendo desde então. Apesar da colaboração dos órgãos públicos, Bruno chegou a uma constatação desoladora: “A grande dificuldade é o baixo efetivo e a falta de recursos. Se depois dessa tragédia contarmos com mais policiais na Gávea, com certeza Leblon e Ipanema serão menos policiados”, afirma. “Chegamos a um ponto em que a população precisa se juntar e somar”.
Há três meses, a Amagávea, a Amalga, Associação de Moradores do Alto Gávea, e a PUC criaram um projeto que visa liberar recursos do Fundo Nacional, orçamento que Bruno diz estar disponível para entidades civis. A ideia é usar o equipamento da central de controle da Jornada Mundial da Juventude para monitorar as ruas do bairro 24h. Esse equipamento foi doado pela Arquidiocese do Rio à PUC e está pronto para ser utilizado, numa sala no Colégio São Marcelo. Faltam as câmeras de vigilância e os recursos para a manutenção do controle, daí a necessidade do pedido de fundos.
“Todas as cidades grandes estão sujeitas à violência, mas o que as diferencia é a maneira de lidar com o problema. Em Amsterdam existem câmeras que podem dar ao policial a condição de enxergar a cabeça de um parafuso no chão e de providenciar o socorro para o cidadão em cinco minutos”.
Ainda segundo Bruno, o projeto já está em poder da Prefeitura do Rio. (Por Marcia Bahia)