Alice Tamborindeguy, empresária, uma das pessoas mais queridas e de raciocínio mais rápido do Rio (idade inconfessável – nunca declarou, não gostava desse assunto), morreu na manhã desta segunda-feira (09/06), no Hospital Samaritano, em Botafogo (onde estava internada há dias), de falência múltipla dos órgãos, decorrente de vários problemas.
Alice, viúva de Mario Tamborindeguy (empresário e deputado por quatro mandatos), era matriarca de uma família de mulheres, com comando, voz e ideias firmes, mas sobretudo uma grande personagem carioca. Ela deixa as filhas, Narcisa e Alice, e as netas, Nicole, Marianna e Catharina.
Sempre foi moradora do Edifício Chopin, na Avenida Atlântica; não havia quem não a cumprimentasse pelo nome, em Copacabana, bairro que amava. Alice cultivava amizades longas e leais, de pessoas, como Neuza e Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Boni de Oliveira, Ivo Pitanguy e tantos outros políticos, jornalistas, artistas, intelectuais.
Nesse domingo (08/06), em momentos de lucidez, ainda falou numa voz frágil e indefinida: “Eu te amo”, para umas poucas pessoas no hospital, amigas da família, como numa despedida. Num mundo mais social, era amiga de todas as gerações, das amigas das filhas, das netas, de todo mundo… O Rio fica de luto sem essa grande mulher.
O velório é no Samaritano; o enterro, no São João Batista, nesta terça-feira (10/06), às 14h.