Platão, no discurso imaginário entre Sócrates e Plutarco disse que, por ordem de importância, os bens do homem são: a medida e a simetria – e nela se inclui o belo, o harmônico, o suficiente. Além disso, citou outros bens como o conhecimento, o prazer etc, mas confesso não saber a ordem exata. Porém, com certeza, assim como nós, arquitetos, Platão amava a arquitetura!
Nela, buscamos essencialmente harmonia e proporção .
Eu adoro a simetria e o que ela transmite ao projeto .
Tanto no volume arquitetônico monumentalista como no simples interior de uma casa, a simetria organiza visualmente o espaço .
Na natureza, a simetria está presente em todas as desarmonias naturais, desde o nascimento até a decomposição.
O belo está na simetria, mas o que é o belo? Essa definição é muito pessoal .
Mas o suficiente, aquilo que basta, com certeza está lá na simetria, onde o espaço, na medida certa, se mistura com o volume!
Alguns mestres da arquitetura mostram isso em seus projetos completamente assimétricos na sua simetria. Frank Gery é um deles, em seus projetos como o Guggenheim Museum Bilbao (primeira imagem no texto) e o Walt Disney Concert Hall (segunda imagem).
Mostro um projeto meu onde fiz questão da simetria básica, aquela que repete mesmo …
E, até por isso, por ser bem óbvia, eu gosto mais!