A Marcha da Maconha, que sempre acontece no Rio desde 2002, juntou centenas de pessoas na praia de Ipanema, na altura do Jardim de Alah, na tarde deste sábado (10/05), para defender a legalização do uso e o fim da guerra às drogas. O grupo partiu dali em direção ao Arpoador, no mesmo bairro, em passeata, que começou às 16h20, horário simbólico no mundo inteiro para os usuários de maconha. A certa altura, a Avenida Vieira Souto estava toda tomada pelos manifestantes, calculados pelo 3º Batalhão da PM, em 3 mil pessoas, apesar da chuva fina.
O mais surpreendente este ano foi a participação de mães que lutam pela autorização da erva no tratamento médico dos seus filhos. Muitos deles já fazem uso do CBD, sigla para canabidiol, um dos componentes da cannabis que é anticonvulsivante, ou seja, imprescindível em suas vidas.
Pessoas com interesses variados estiveram lá, como o deputado federal Jean Willys (PSOL-RJ) e o empresário Robert Guimarães – o primeiro é autor do projeto que legaliza a maconha; o segundo estava pesquisando cenas para o longa “O Bolo”, que vai começar a ser rodado em março com cenas da Marcha. O ex-ministro Carlos Minc, que sempre participa, cobrou a “descriminalização do usuário de maconha”. Chamava atenção também o “vendedor” de drogas lícitas (álcool, tabaco, açúcar etc.), como mostra a foto.