Patrícia Viera abriu o Fashion Rio, na Marina da Glória, nesta terça-feira (08/04), com seu selo de qualidade: peças maravilhosas em couro de cabra e, pela primeira vez em suas coleções, usando o tricô em detalhes, feito pelas mulheres capixabas da ONG Novas Marias. E, como se tratava de uma coleção praia, inovou com a técnica blop, uma lâmina aplicada termicamente, que dá a aparência de pequenas bolhas, como se fosse a pele da arraia. E tudo isso finalizado apenas um dia antes, na oficina na Penha.
Na passarela, entre modelos, como Cris Hermann, gaúcha já com bastante estrada internacional e apontada como a grande aposta deste ano, e Carol Francischini, voltando à ativa linda e magérrima, um ano e pouco depois da gravidez de Valentina.
A estilista recebeu os muitos amigos nos bastidores e deu a eles de presente um peso de porta charmoso: um coração vermelhíssimo de couro, pintado pela artista Cláudia Badaró. Patricia pegou fama de ser a única estilista que fala o que pensa, no meio de tanta gente montada no carão e nos delírios de eu isso, eu aquilo. Ela segue com a espontaneidade e a simplicidade habituais, artigo raro ali.
Fora os desavisados que ainda foram de carro para a Marina da Glória e não tiveram como estacionar, tudo correu muito tranquilo no primeiro dia de Fashion Rio. O ar nas tendas não está tão gelado, embora ainda se veja gente enrolada em pashminas (temerosas pelas edições passadas), e o espaço comum de circulação do povo da moda tem no chão ripas claras de madeira, um lindo deck à beira-mar. Carrocinhas do cachorro-quente da Geneal oferecem opção de lanche. Na sala de imprensa, Geneal, jujubas, pêssego e …. caquis!