O jantar com o executivo francês Frèdèric Mairesse, diretor do champagne Barons de Rothschild, de Philippe de Nicolay-Rothschild, que veio ao Brasil para divulgar as três variedades do champagne (Wine Spectator: Brut, Blanc de Blancs e Rosé), fez os convidados suspirarem a cada tacinha. No Atelier Troisgros, tudo harmonizado: até a pequena lista, de apenas 18 pessoas, se existia desarmonia, ficou silenciosa. O deleite começou com o cardápio criado pelo chef Claude Troisgros, sem ninguém opinar, tudo, segundo sua criatividade – nem precisa dizer que estava um absurdo. O “Baron”, de português fluente, quase sem sotaque (ao contrário de Claude), conquistou a mesa toda, a quem conhecia ou a quem desconhecia, trazendo três horas de prazeres quase comparados àquele que você pensou, o maior de todos.
Esse tipo de jantar começa quase sempre mais formal, ao fim da noite, historinhas são contadas, sorrisos tímidos viram gargalhadas e até intimidades e piadas surgem à mesa, como o que Ricardo Amaral dizia, fazendo todo mundo rir: “Mulher que usa roupa de franja, bota e chapéu ao mesmo tempo, é puta”. A determinada altura, nada enrubescia mais Philippe de Nicolay-Rothschild, que passava de um assunto a outro com a mesma serenidade: “A qualidade vale mais que tudo, ninguém faz rosé como a minha família” ou “Cheguei ao Brasil há quatro anos (ele se divide entre o nosso País e a França) sem falar uma palavrinha em português. Estou orgulhoso de mim em fazer esse discurso”, disse ele.
Chegou meia-noite, e o anfitrião avisou que todos que estavam ali receberiam em casa uma garrafa de rosé de uma safra que teve apenas 50 mil garrafas para o mundo inteiro. Aplausos e aplausos, até Glória Maria avisar: “Meu champagne, eu quero Blanc de Blancs“. Philippe, simpático, aquiesceu com a cabeça, concordando. Sua mulher, a paulista Cris Lotaif, não veio ao Rio. Não sabe o que perdeu! Veja fotos na Galeria.