O jeito é inofensivo e a fala, mansa, do black bloc Fábio Raposo, que se apresentou ao delegado Maurício Luciano, da 17ª DP (São Cristóvão), suspeito de entregar a um outro manifestante o artefato que atingiu gravemente o cinegrafista Santiago Andrade (cinegrafista da Band), na última quinta-feira (06/02), no Centro, durante o protesto contra o aumento das passagens de ônibus. De onde conclui-se: o black bloc pode ser seu vizinho, seu conhecido, seu amigo e, ali na coletividade, transformar-se num cara violento? A GloboNews mostrou entrevista com Fábio neste sábado (08/02). A confissão espontânea alivia pro lado dele? Pelo que disse o delegado, não muda nada. Segundo Maurício Luciano, o depoimento de que não teria participação não convenceu e não convencerá o Ministério Público e o Judiciário. Fábio disse que não conhecia o outro cara, a quem apenas entregou o artefato. Ele deve ser indiciado pelos mesmos crimes (tentativa de homicídio qualificado e crime de explosão) que o suspeito de ter deflagrado tudo.