É só ouvir o nome dela, e a primeira imagem que se forma é a de uma mulher doce, serena e, acima de tudo, linda. Entra novela, sai novela, lá está Helena Ranaldi, com o mesmo frescor de sempre, aparência um tanto quanto frágil, e sempre apaixonante. A realidade não é tão distante da ficção, no que diz respeito à personalidade tranquila e carinhosa da atriz.
Paulistana, mas com um jeito tão carioca de ser (é comum vê-la aproveitando o dia, fazendo caminhadas pela Zona Sul), Helena tem uma beleza que parece ultrapassar o físico. Não precisa fazer esforço algum para despertar simpatia – tanto quanto as suas personagens, geralmente associadas ao amor sofrido. É assim, mais uma vez, em “Em Família”, como “Verônica”, a mulher-em-segundo-plano do protagonista “Laerte” (Gabriel Braga Nunes). E, aí, aparece o ponto divergente com a vida real: na entrevista deste sábado (15/02), Helena aponta como “loucura” o fato de ter ido pra casa horas depois do parto do filho. Amor, tudo sempre resolvido.
UMA LOUCURA: “Uma loucura foi ter tido meu filho de parto normal e ir embora no mesmo dia pra casa, sem passar uma única noite no hospital. Acabei sofrendo muito de dor depois.”
UMA ROUBADA: “Ir à festa estranha com gente esquisita…”
UMA IDEIA FIXA: “Minha ideia fixa é envelhecer feliz! Faço exercícios diariamente, tenho uma alimentação saudável e faço check-up uma vez por ano.”
UM PORRE: “Um porre é não saber beber. Eu sei…rs.”
UMA FRUSTRAÇÃO: “Não ter tido outro filho. Agora não me sinto mais com energia pra começar tudo de novo.”
UM APAGÃO: “Quando perco o chão; fica realmente tudo muito escuro. A morte da minha irmã quando tinha 19 anos foi a situação mais difícil da minha vida.”
UMA SÍNDROME: “Acho que não sofro de nenhuma. Não que eu saiba…”
UM MEDO: “Morrer em um acidente de avião. Isso me atrapalha porque não fico tranquila; mas não deixo de viajar.”
UM DEFEITO: “Ser impulsiva demais.”
UM DESPRAZER: “Ser surpreendida por um paparazzi. Acho chato…”
UM INSUCESSO: “Insucesso é não ter tido um único (apenas um) casamento e ter envelhecido juntos.”
UM IMPULSO: “Impulso de falar tudo que penso; às vezes, isso me causa problemas, mas não me arrependo. Mas sei que não são todas as pessoas que gostam ou estão preparadas pra ouvir o que a gente realmente pensa de verdade sobre alguma situação.”
UMA PARANOIA: “Tô pensando muito pra responder. Acho que não tenho paranoias. Pode ser uma certa paranoia querer a casa sempre limpa e arrumada?”