Um homem limpava seu tapete cheio de lixo num bueiro, na Rainha Guilhermina; ao ver a cena, uma moradora parou e disse: “Jogando lixo num bueiro, senhor?”, e ele respondeu: “Depois eles limpam”. Dizer o quê? Ela pegou um táxi ali mesmo, do Leblon para Ipanema, quando um outro carro fechou o cruzamento. O taxista comentou: “Hoje ele me fecha e, qualquer hora, é a minha vez de revidar”. Dizer o quê? Na sequência, nossa personagem deu de cara com uma mulher fumando num posto de combustíveis, na Gávea, e falou: “Senhora, fumando no posto?”. A mulher murmurou: “Se ainda fosse posto de gás, mas é de gasolina. Dificilmente pode acontecer alguma coisa”. Dizer o quê?
Esses acontecimentos foram num mesmo dia, na Zona Sul do Rio, no verão que acabou de começar, de onde se esperam maior educação, maior noção das coisas, maior civilidade, por nessa área viverem pessoas de maior poder aquisitivo. Cadê a cidadania? Cadê a gentileza? Cadê a solidariedade? Não sei! Como transformar essas ações individuais que, claro, interferem direto no coletivo? São pequenas, mas são grandes, se é que vocês me entendem! Em vez de perguntar como fazer melhor, eles devem se perguntar como fazer pior! No ano novo, poderíamos inverter essa pergunta! É uma singela ideia para 2014.